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O Silêncio e o Inverno


Silêncio O Inverno é um convite natural para uma pausa, para um Silêncio. As flores, as plantas, os animais; hibernam à espera do Renascimento, da Primavera. Todas as culturas nativas, seguem este movimento da Natureza. Uma das razões dos ‘Ocidentais’ andarem sempre exaustos, é o simples facto de não se permitirem fazerem pausas. Como na Vida, tambem no Som, as pausas/silêncio são fundamentais para uma melodia harmoniosa. O Som é a parte Yang (Material) e o Silêncio é a parte Yin (Integração). Como tudo no Universo, ambos têm de existir de uma forma equilibrada, para que a Vibração seja completa e preenchedora. Os Silêncios podem transportar tanta informação (sabemos no nosso dia-a-dia, que o Silêncio pode ter várias qualidades) como o Som. Se o Som for initerrupto, leva-nos à exaustão. Como na Vida, há a dança da inspiração e da expiração. Também, em qualquer composição musical que se preze, há uma parte mais suave (ou, num extremo, silêncio); para permitir uma certa absorção da informação do Som. Todos sabemos que, depois de entoarmos mantras, fica sempre um Silêncio cheio. Não é a ausência de estímulo, mas sim, as qualidades dos mantras que entoamos e que ficam tatuados no éter do espaço. No fundo, a música/mantras/vibração é só um meio de ficarmos imersos nesse Silêncio transcendente. E mesmo, no Canto Devocional, há esse objectivo de religação com o Absoluto. Acredito, que por detrás de toda a música, há esse desejo oculto de induzir essa quietude. Pois podemos atingi-la de várias formas, mas através do Som, é muito eficaz. O Inverno é uma sugestão para estarmos mais ligados, mais em contacto com o nosso Silêncio; tão importante e necessário.


- Publicado na Revista InSentia

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